Se você não sabe , a Reforma Protestante foi um movimento religioso, social e político que transformou o cristianismo ocidental no século XVI. Suas raízes estão na insatisfação generalizada com a Igreja Católica, que, ao longo dos séculos, acumulou poder e riqueza, e foi vista como corrupta por muitos.
O descontentamento foi alimentado por questões teológicas e práticas como a venda de indulgências (perdão dos pecados em troca de dinheiro), a centralização da autoridade religiosa no papa, e a negligência dos ensinamentos bíblicos em favor de tradições humanas.
Antecedentes importantes incluem movimentos pré-reformistas, como o de John Wycliffe, na Inglaterra, e Jan Hus, na Boêmia. Ambos criticaram o clero e questionaram o papel da Igreja na salvação, defendendo uma maior proximidade entre o cristão comum e as Escrituras.
Martinho Lutero, um monge e teólogo alemão, foi o ponto de virada desse movimento. Em 1517, ele publicou suas 95 Teses, denunciando a venda de indulgências e outras práticas que, em sua visão, desviavam a Igreja da mensagem do Evangelho. O documento foi afixado na porta da igreja de Wittenberg, como era o costume para debates acadêmicos, e rapidamente se espalhou pela Europa, graças à imprensa recém-desenvolvida.
Lutero defendia que a salvação vinha pela fé, e não por obras ou pelo cumprimento de rituais. Ele também acreditava que a autoridade suprema era a Bíblia, e não o papa. Esse confronto com a Igreja Católica, junto com o apoio de príncipes e figuras políticas locais, acabou levando à ruptura da cristandade ocidental e à formação de novas tradições cristãs, como o luteranismo e o calvinismo.
A Reforma Protestante abriu caminho para séculos de conflito religioso, mas também deu origem a novas formas de pensar sobre fé, governança e liberdade religiosa. O Ano é 2024, estamos aqui. Continuaremos a falar mais em outra postagem.
Eli Maurício Baptista